Ranchão do Peixe – Mairiporã – Sábado 3 de Abril.

Já passava das 22H00 da “sexta feira santa” quando meu telefone tocou com meu primo Rogerinho do outro lado da linha me convidando para me juntar a ele e ao Tio Marcos para no sábado dar umas anzoladas do Ranchão do Peixe, convite irrecusável pois o momento é raro, de difícil acontecimento, ver o Tio Marcos sentado a beira de um lago de pesqueiro. De imediato convite feito, convite aceito.

A idéia era chegar pela manha e ficar ate a hora do almoço e como combinado, por voltas das 09H00 os dois chegaram a minha casa, aglomerei minhas tralhas junto as que já se localizavam no vulgo porta malas do carro e seguimos por 3 km. sentido ao Ranchão onde 10 minutos mais tarde já estávamos com nossas tralhas sendo montadas para contribuir com a paisagem do local.

Logo quando chegamos já vimos os amigos ao redor fisgar alguns bichos entre Tambas e muitas Tilapias, eram muitas as ações uma atrás da outra, um grupo ao meu lado contava o numero de Tilapias fisgadas como se fosse um jogo de ataque contra ataque onde a conta era feita e "berrada" 14 a 14, 15 a 14, 20 a 18... e assim era contado o placar do jogo era soado.

Tem dias que a montagem não funciona, e esse era o meu dia: usei foguetinho com miçangas, minhocoçu, minhoca, salsicha, massa do Cordeiro e nada, usei montagem para pesca de fundo e com foguete, vara telescópica e molinete e simplesmente nada.

O Rogerinho começou a fisgar uma atrás da outra, quando se acertou com o seu esquema de montagem e isca, usando massa de Panetone do Cordeiro.
O Tio Marcos fez a festa com as pequenas Tilapias e Caras alem de perder algumas boas puxadas na “vara de mão”.
Já estávamos no meio da manha quando vi minha vara telescópica de 7 metros dirigindo sua ponteira para dentro do lago, porem foi só um susto pois, quando fui fisgar, o safado largou o anzol. O Rogerinho engatou uma seqüência onde a cada 2 perdidas saia uma para foto, o Tio Marcos pegou umas 30 Tilapinhas de meia unha cada, mas pegou!

A Tia Dri (Tio Marcos), a Célia (Rogerinho) e a Jéssica prima, chegaram ao recinto relatando o acontecido, "Marcos o carro atolou", isso significa que teríamos mais um trabalho quando fossemos deixar o local.

Já próximo ao “meio dia”, minha querida vara telescópica de 7 metros que não me decepciona dirigiu sua ponteira novamente em direção a água, e dessa vez uma Tilapia veio para a foto.
O Rogerinho continuava com sua seqüência de Tilapias acima de 1kg, assim como o Tio Marcos com a sua acima de 10 gramas, já eu pescador que vos fala, decidi montar uma bóia com chuveirinho para Cabeçuda e abri um pacote de massa de banana e mel do Cordeiro. Fiz a montagem e arremessei a uns 20 metros da margem, logo apos o arremesso notei o movimento em torno da boia com certeza uma Cabeçuda estava cheretando a bolota de massa.

Não demorou muito para minha bóia deixar a superfície da água e dirigir-se ao fundo do lago, e assim a briga começou. Muitos dizem que a Carpa não briga e que ela só "pesa" na linha, essa provou ao contrario, a cada 10 metros recolhido ela levava 15 para frente, e assim ficou por volta de 15 minutos ate ela dar as caras pela primeira vez arrancando suspiros dos pescadores em volta, porem ela entregou-se somente 10 minutos mais tarde e posou para fotos diversas. A maioria dos que estavam ali imaginaram que o Passarinho pesava seus 25kgs. Também acredito que deva girar em torno desse valor numérico.

Minha namorada chegou 3 minutos depois da soltura do bicho e só admirou as fotos. E assim sendo guardamos todas as tralhas, nos despedimos do recinto e seguimos a aventura 4X4, desatolar o Off Road do Tio Marcos na estradinha do pesqueiro, e com muito êxito e minutos mais tarde empurrando daqui e dali o carro deixou o atoleiro e desembarcamos na casa do Tio Marcos para o almoço e algumas degustações de cevadas e lúpulos diversos.

Ao Rogerinho e ao Tio Marcos e as meninas, obrigado pela companhia e pelo dia pescativo.

Abraços e att.
Alexandre.

OBS: Passarinho - assim chamado por alguns amigos e pescadores que acreditam que a pssaros dentro da agua e que a carpa seja um desses, contos e mais contos, coisa de pescador.

Rogerinho - Tilapias.